quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

A ARTE DE ME AUTOPROCLAMAR

Explico. Em 1999 assisti ao incrível The Virgin Suicides de Sofia Coppola. Havia algo da minha infância ou adolescência ali. Não os pais neuroticamente repressores, nem a melancolia suicida – nada disso! Tive uma infância deliciosa, um pouco da qual já lhes contei. Mas as meninas loiras de cabelos longos e lisos, como as da escola que estudei em Baltimore, ou da escola alemã que estudei em São Paulo. Mas a trilha sonora, o bailinho, a fotografia que teima em desbotar ou amarronzar cores tão vivas, a máquina de fliperama – tudo isso...ah, não sei!

Talvez esse filme tenha esboçado a grande identificação que senti, alguns anos depois, na obra-prima de Sofia, Lost in Translation – e aqui consigo evidenciar melhor essa identificação, pois também eu me percebo em despertencimentos e em reconexões, também eu me vi numa temporada em Tóquio entre estranhamento e encantamento. Talvez...ah, sei que não me explico bem!

Só sei que foi assim: Eu me vi em The Virgin Suicides e, em especial, na personagem da Kirsten Dunst, Lux. Pronto: Passei a me autoproclamar Lux. Só a minha irmã Marília adotou. Mais tarde, do nada, meu melhor amigo Tommy decidiu que o meu novo nome seria Lux.

Dessa vez pegou!

Um comentário:

Anônimo disse...

Sinto-me duplamente honrado. Primeiro, fui citado como sendo o "meu melhor amigo". Em segudo lugar, fui responsabilizado por tão bela adjetivação!

Por esse blog, tenham LUX por completo!

Beijos, Lux....