terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

ELA ME FAZ TÃO BEM

Ela me encontrou, eu tava por aí, num estado emocional tão ruim. Me sentindo muito mal. Oops, esse é o Lulu Santos falando da Scarlet Moon. Mas poderia ser eu falando de quem me tirou, melhor, tirou a minha menininha rejeitada do poço.

Precisei de um monte de chutzpah para contar-lhe que, como parte de uma dinâmica no ISH, meu grupo de desenvolvimento pessoal, eu havia interagido com a minha criança interior, a minha menininha rejeitada. E fiz o exercício com uma entrega que entusiasmaria Stanislavski, o do método (de dramaturgia) de memória emotiva. Yada yada yada um choro copioso, uma tensão no grupo, uma conexão, uma catarse. Final feliz.

Final? E não é que nos dias seguintes a menininha rejeitada vira e mexe aparecia? Não sei se ela se encantou com as Barbies, as Bratz e as Pollies de 2007 – mas nada a fazia voltar aos anos 70. E o choro? Ai, ai, ai.

Mas uma coisa é ter o chutzpah para contar essa história. Outra coisa, e bem diferente, é ouvir essa história prosaica, quase bizarra, sem transformá-la em material para indignação, escárnio, desdém. Não. Essa blogueira que diverte 180 fiéis leitores todos os dias com seu raciocínio rápido, sua língua afiada e sua prosa desbocadíssima – she did not kiss and tell!

Uma solução teria sido desconversar, que ema, ema, ema, cada qual com seu problema. Não foi assim. Ou logo contar algo que a inquietasse, a preocupasse – há quem só saiba falar de si, e há quem goste de competir até em angústia. Não ela. Outra solução teria sido distrair-me, entreter-me. Sim, pois ela sabe contar um bas-fond como ninguém. Mas não ali, sua sensibilidade sussurrou-lhe. Houve – o que? Um sentir-me ouvida, compreendida, acolhida – ah, não sei. Falta-me vocabulário terapêutico para descrever essa... conexão luminosa. Pronto: Foi uma conexão luminosa!

Está certo que ela está se mudando para Dubai, esse paraíso no deserto, para ficar próxima do maridão e ter, como disse o übber blogger Carioca, vinte vezes mais felicidade e sucesso. Mas estar longe dela vai ser um enorme exercício de desapego.

Por ajudar a devolver a minha menininha aos anos 70, e por fazer à mulher que sou nos anos 2000 tão bem, Kaká... behibek!

6 comentários:

Anônimo disse...

Behibek, ya habibti. Não precisa terinar o desapego, não. Internet é um santo remédio. :)

Aaaaaaaaaah Luuuux, don't make me cryyyyy.

:********

Alberto Pereira Jr. disse...

vi vc e a Ana Karina uma única vez, mas percebi a energia boa que as duas emanam.. sucesso pra Ka.. tenho certeza que Dubai em pouco tempo estará falando e muito bem dessa libanesa

CARIOCA VIRTUAL disse...

ai como eu adoro ser chamado no seu blog com übber blogueiro!!!! até me sinto um de verdade... hahahah

OBRIGADOOOOOOOOO!

Anônimo disse...

Se eun tivesse dado atenção para essa historia da menininha agora eu é que teria toda a sua amizade e lealdade? E esse post seria escrito para mim snifff?

:********

TONY GOES disse...

Consegui falar com a Libanesa ontem, quando ela já estava no aeroporto fazendo o check-in... Dubai mal sabe o que os espera. Mwahahahah!

Anônimo disse...

estou com muitas saudades, muuuuuuuuuuuitas...