Muito do vigor, da agilidade, do frescor da cena deve-se à câmera, não é mesmo? A câmera que dança deliciosamente ora com Aishwarya, ora com Madhuri – e que por vezes parece correr de uma para a outra, como que não querendo abrir mão de nenhuma. A câmera que em outras vezes encanta-se com a harmonia, a empatia entre as duas mulheres – elas não dançam para competir pela atenção de uma terceira pessoa, como é comum em duetos femininos, mas para criar conexão. A câmera que imprime a velocidade e a tensão da cena final, onde se alternam duas imagens. Numa, a câmera circunda as mulheres que, em êxtase coletivo, aproximam-se numa mandala. Na outra, a câmera gira sobre si mesma para seguir o homem de bigodão que se desloca obstinado.
Não falo uma palavra de hindi, não li ou vi Devdas. Mas esses círculos, mandalas e giros me contam que a situação (seja lá qual for) está spinning out of control: O que o homem de bigodão está por anunciar, estou certa, vai acabar com a festa.
Isso é o melhor de Bollywood. Ah, é ainda mais: Isso é o que o melhor de Bollywood se torna quando morre e vai para o céu.
Um comentário:
http://br.youtube.com/watch?v=0C2pOyXvJr0
esse também é uma delícia. minha xará, kareena kapoor, ahaaasa no cabelón.
behibak!
Postar um comentário