E os meus relacionamentos? Nenhum deles é 100% tênis ou 100% frescobol, pensei. Eles têm um pouco dos dois. Mas são mais como frescobol. Depois me dei conta que, na maior parte do tempo, quem ditava a regra dos meus jogos era o outro. Meu ponto de partida era frescobol – mas bastava eu receber uma bola atravessada para transformar-me numa tenista. E das vorazes.
Será que dá para estar assim no mundo – delegando tanto do meu humor, do meu estado de ânimo, da minha energia para o outro? Ah, não.
Então tomei uma decisão: O que o outro me dá é informação – eu escolho o humor, o estado de ânimo, a energia com que eu recebo e respondo a essa informação. Bom, não é fácil. Mas aos poucos estou conseguindo devolver no lugar certo, para que o outro possa pegá-la, essa bola que me vem meio torta. Acho que é um pouco o que Otis Redding chama de try a little tenderness.
Mas essa empatia, essa compaixão, essa ternura que eu lanço – será que é assim que chega ao outro?
Pois é: Nem sempre.
Teclando comigo, a Drica me diz que se sente num duelo de esgrima. Há, no que eu digo, uma certa sofisticação ou elaboração que não oferece conforto, que a deixa ansiosa, em guarda. Eu me desculpo, agradeço, digo que não é de propósito, não é consciente. Peço que ela me ajude – ela responde que sim, claro.
Grazie mille, principessa!

3 comentários:
eu percebi q sempre tomo as rédias.. quero frescobol
Acho que só não podemos "jogar" sozinhos...
lo que yo queria, gracias
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